Diariamente, enfrentamos e sentimos as consequências da crise climática. Todos nós, de forma individual e coletiva, temos a responsabilidade de assegurar a sustentabilidade ambiental, económica e social das gerações futuras. Enquanto festival, reconhecemos o impacto ambiental das nossas actividades, a diferença que podemos causar na consciencialização daqueles que nos rodeiam e o nosso papel em pressionar e exigir às instâncias governamentais medidas que contribuam para alterações estruturais.
Queremos promover, produzir e executar eventos culturais sem comprometer o presente e o futuro. Dedicamo-nos, portanto, a adoptar metodologias e práticas de gestão que reduzam os impactos negativos e potenciem os positivos. Além disto, comprometemo-nos a que as questões ambientais façam parte da nossa programação e das temáticas discutidas no âmbito dos debates promovidos pelo Doclisboa em Outubro e ao longo do ano, nas actividades que desenvolvemos com o público geral e com o público escolar.
Assumimos o nosso compromisso com a sustentabilidade e já nesta edição:
- Apostamos em mais alimentação vegetariana e biológica: 70% dos eventos do Doclisboa terão produtos totalmente vegetarianos e biológicos do Pequeno Café e Bistrô.
- Foram criados manuais de boas práticas para equipa e convidados.
- Reduzimos e calculamos a pegada de carbono causada pelo transporte aéreo de equipa e convidados.
- Medimos e avaliamos o impacto do Doclisboa, bem como partilhamos ideias e metodologias em redes de festivais de cinema (como através da
iniciativa Green Charter for Film Festivals e da rede Doc Alliance). - Incentivamos a utilização de transportes mais sustentáveis: a parceria com a GIRA – Bicicletas de Lisboa permite a deslocação de bicicleta no período em que acontece o Doclisboa.
Ao mesmo tempo, estamos empenhados em:
- Reduzir resíduos e evitar, essencialmente, os materiais descartáveis.
- Desmaterializar, reutilizar e reduzir materiais de comunicação e divulgação; e na criação de novos, preferir opções mais sustentáveis.
- Alertar para boas práticas de consumo de água.
- Associar-nos a entidades parceiras que partilhem do mesmo compromisso com a sustentabilidade e que implementem práticas amigas do ambiente.
- Sensibilizar para o combate à crise climática, por via da programação dedicada ao tema.
Ocupar um lugar de visibilidade confere, também, responsabilidade para exercer um papel de influência nesta luta. Estamos certos de que as consequências evidentes desta crise devem ser combatidas com mudanças estruturais a nível político que regulem e alterem práticas a todos os níveis de produção. É nesse espírito que pretendemos construir e integrar redes de entidades empenhadas em exigir mudanças aos poderes governamentais – estes, capazes de implementar medidas contínuas e eficazes que provoquem alterações estruturais para salvaguardar o futuro do planeta